Galera, hoje faz 1 ano que partiu para o Paraíso Alfredo Alemão, um exemplo a ser seguido.
Obrigado Alfredo!
A seguir você pode acompanhar um resumo de sua história de vida. Esse texto foi tirado de um site do movimento dos Focolares.
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Alfredo na Mariápolis Lia |
Alfredo nasceu em julho de 1989. Com 11 anos, conhece o Movimento dos Focolares, através da sua avó. Ele morava em Goiânia - Goiás.
Participa de uma banda no movimento tocando guitarra. Vê ali a “possibilidade de
dar Deus às pessoas e de melhorar cada dia”, como escreve. Nesta banda nasce um
relacionamento profundo com outros adolescentes. É um rapaz tímido, tranquilo e simples.
O seu modo de ser mariano, discreto, mas direto e concreto no amor que marcava a todos que
o conheciam.
Vive sua juventude como todos, com dificuldades e alegrias. Mas vive tudo intensamente, procurando permanecer unido a Deus fazendo bem a Sua Vontade.
A sua sede de infinito leva-o a querer sempre mais. Assim, em 2008, decide fazer uma
experiência que revoluciona a sua vida. Vai viver na Mariápolis Lia, que se localiza na Argentina, para
aprofundar o carisma da unidade. Ali existe uma unica lei, a lei do Amor! Lá faz muitas descobertas,
ganhando força no amor ao próximo, alarga interiormente o seu coração, experimentando
verdadeiramente o Amor de Deus e a Unidade.
Um ano muito especial no qual Alfredo desenvolve grandes amizades e consolida no seu
coração a escolha de Deus. Numa carta a um gen que estava para sair da cidadela, Alfredo
escreve: “sabemos que Deus já tem tudo preparado para cada um, e se para ti for voltar para
casa, é poque já estas preparado para levar ao mundo tudo o que aprendeste” (13/02/09).
Numa outra carta diz que aprendeu “como ser gen pronto a tudo o que Deus pede”, fala da
unidade e da “ prontidão em dar a vida”. Esta era a sua medida no relacionar-se com os outros –
pronto a dar a vida – nas atividades com os outros jovens, no relacionamento, na família, na
faculdade (frequentava agronomia na UFG).
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Atrás do Alfredo está Marcos Veloso(Gen 2 SJC), na Mariápolis Lia |
Hoje vemos que Deus o preparava espiritualmente para o último período da sua vida que
defrontou com serenidade e alegria, mesmo na dor. Foi tudo completamente inesperado.
Alfredo adoece e vai ao hospital, onde os médicos lhe diagnosticam uma pulmonite
fúngica. O seu quadro mostra-se complicado e depois de diversos exames, chega a noticia: Alfredo
tem um linfoma, cancro que prejudica gravemente as defesas imunitárias.
Depois deste diagnóstico, para confortar a sua namorada,que também era uma gen, Alfredo
sugere-lhe desfolhar juntos o Evangelho para perceberem melhor aquilo que Deus queria dizer.
Abre numa passagem de Lucas: “Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que
se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lc-15,7). E juntos perceberam que esta era a vontade de Deus e compreendem que esta doença serviria para a conversão de muitas pessoas. “Mas a primeira conversão e a minha, a nossa”, disse Alfredo.
De fato, Alfredo mantém o sorriso e continua a amar todos aqueles que entram em
contato com ele. Seguro que Deus o ama imensamente, compreende que aquela doença tem um
grande proposito e procura, desde o primeiro instante, encorajar e consolar a sua família e os seus
amigos.
Logo começa a quimioterapia, que o debilita fisicamente e lhe inflige tantas dores e
sofrimento. Ainda assim, Alfredo sorri, não se lamenta de nada e continua a animar todos aqueles
que estão a sua volta. Cada dia, a sua situação piora, mas – conta uma enfermeira - Alfredo dizia a
ela sorrindo: “Hoje melhorei 10%”, e no dia seguinte: “Hoje estou melhor 20%”, e no dia da sua
partida, já muito grave “Estou 30% melhor, logo irei para casa”, sempre encorajando todos.
Com o físico debilitado pela quimioterapia e com as defesa imunológicas comprometidas
pela doença, Alfredo contrai uma infecção, que progride de maneira agressiva que o conduz a
morte.
Da sua internação a sua partida para o Céu se passam 38 dias. Muito rápido para que todos
nós pudéssemos entender aquilo que estava acontecendo. Durante esse tempo, desde o começo,
se formou uma rede de orações e solidariedade entorno a Alfredo. Jovens de várias cidades e
também de outros Países se uniram para rezar por ele.
Recitando juntos o terço, por Skype, fazendo doações de sangue, oferecendo os seus atos
cotidianos de conversão e amor. Muitos raspam a cabeça em solidariedade ao amigo que perdeu
os cabelos por causa da quimioterapia. De todo mundo chegam demonstrações de afeto.
Ele mesmo disse: “Durante todo esse tempo que estou aqui no hospital o mais bonito foi
sentir a unidade de todos e as orações... estou muito contente com isso e estou seguro que tudo
que estou vivendo é por algo muito maior”.
O seu funeral foi um momento de Paraíso. Algo de profundo e indescritível. Vários jovens
viajaram centenas de quilômetros para estar ali, agradecer pela vida do amigo deles e consolar a
família que sofria. Os familiares permaneceram impressionados, diziam de ser plenos de gratidão
por esses jovens, por haver feito a Alfredo um funeral digno de como vivera.
Os seus amigos ficaram toda a noite a cantar e a rezar ao lado do corpo de Alfredo, sem
deixa-lo um só minuto.
O seu perfil nas redes sociais tem centenas de mensagens
que mostram como foi um jovem autentico, radical no amor a
Deus e ao próximo, exemplo para muitos: deixou um rastro de luz.